É toda obstrução que acontece no sistema circulatório por coagulação do sangue no interior de um vaso. Nas artérias, provoca uma má oxigenação dos tecidos o que pode ocasionar o conhecido infarto, que é a morte dos tecidos, levando à gangrena nos caso dos membros. Nas veias, provoca um impedimento ao retorno do sangue ao coração, congestionando o fluxo logo abaixo do segmento afetado e podendo haver a liberação de coágulos que formam os êmbolos. Quando acontece a embolia, dependendo do grau, pode haver morte súbita. A boa notícia é que a grande maioria dos casos acontece de forma mais branda e pode ser muito bem tratado pelo Cirurgião Vascular.

      Os principais sintomas dos casos leves são dores e inchaços nas pernas e nos casos mais sérios, é comum identificarmos tosse e cansaço para pequenos esforços. A trombose pode acontecer espontaneamente em qualquer pessoa, mas normalmente está ligada à algum fator de risco que deve ser amplamente investigado. Os mais comuns são: cirurgias de grande porte, longos períodos parados na mesma posição, uso de hormônios femininos, tabagismo, câncer e doenças que alteram a coagulação sanguínea. O diagnóstico preciso da trombose é feito por meio do ultrassom com Doppler e o tratamento vai depender do estado geral da pessoa. Casos sem complicações são tranquilamente resolvidos com o uso de comprimidos anticoagulantes, já nas complicações a internação é recomendada.

     É um distúrbio que provoca a deposição de gordura nos membros, principalmente nas pernas. Cerca de 11% da população mundial de mulheres é portadora dessa condição que é considerada quase que exclusivamente feminina. Devido ao aumento progressivo do tamanho dos membros inferiores, pode levar à redução da mobilidade. Frequentemente estão associados dor, hematomas espontâneos, sensibilidade ao toque, retenção de líquidos, sensação de pele fria, varizes e vasos.

     Normalmente as mulheres de uma mesma família compartilham desse mesmo problema. O tratamento deve iniciar pelos cuidados clínicos, prática de atividades físicas e mudanças de hábitos alimentares, devendo haver redução do peso caso a obesidade esteja associada. Já a redução mais significativa da quantidade de gordura localizada somente é alcançada com o emprego de lipoaspiração e cirurgias plásticas.

     Doença caracterizada pelo acúmulo de líquido devido alterações na drenagem linfática. Na grande maioria dos casos a pessoa já nasce com alterações nos vasos linfáticos, mas também podem ser desencadeadas após infecções com a Erisipela ou por traumas no trajeto destes vasos. Pode trazer repercussão funcional caso haja deformidades que restrinjam os movimentos ou lesões que alteram as características da pele e predispõe às infecções. O tratamento principal tem como base a compressão, que pode ser elástica ou inelástica e a fisioterapia com as drenagens linfáticas. Infecções devem ser tratadas com antibióticos e a pele com cuidados locais.

     Podem ser divididas em: neuropáticas (o pé diabético é o caso mais comum); hipertensiva (pessoas com pressão arterial de difícil controle); arterial ou isquêmica (alterações que provocam aterosclerose: tabagismo, diabetes, pressão alta, dislipidemia) e a mais frequente delas a varicosa. A úlcera varicosa é provocada por alterações inflamatórias na região dos tornozelos e dos pés. A origem da inflamação está na dificuldade que as veias doentes (as varicosidades) tem em promover o retorno do sangue ao coração.

     A diminuição do retorno venosa pode acontecer apenas em veias microscópicas quanto em veias mais calibrosas que se tornam salientes nas pernas (as varizes). O tratamento varia de acordo com as características de cada paciente, mas sempre envolve a compressão elástica ou inelástica, curativos e cuidados locais e o tratamento das varizes e da circulação. Uma questão muito importante é que não devemos aguardar o fechamento da úlcera para tratar as varizes, e sim, tratar as varizes para facilitar a cicatrização.